quinta-feira, 30 de maio de 2013

CARTAZ DA FESTA " 82 ANIVERSÁRIO"




 Olá!

O  sábado 29 de junho vai ter lugar na Pontagra, velha Estaçom de Trem de Ordes, a FESTA DA REPÚBLICA GALEGA, um acto para comemorar o 82 aniversário da proclamaçom desta data que atinge já a sua 3ª ediçom. A festa começará arredor das 12h e haverá sessom vermute, jantar (cada quem deverá traer a sua comida!), e muitas actividades ,concertos pola manhá e a tarde.

As pessoas que organizamos o evento, de associaçons da Laracha, Cerzeda e Ordes, gostariamos de convidar-vos a compartir com nós este dia. Pretendemos que o tecido associativo de todo o país tenha um espaço para exponher os seus trabalhos ou vender o seu material. Podedes traer um pequeno posto para dar-vos a conhecer, ou se o preferides simplesmente achegar-vos e unir-vos à festa!



PROGRAMA

12:00 LNB – ABERTO DA REPÚBLICA DE BILHARDA 82º ANIVERSÁRIO
13:00 Sessom vermute com o COMBOIO REPUBLICANO
14:00 JANTAR POPULAR (cada quém leva a sua comida)
15:30 Jogos populares para as CRIANÇAS
17:00 APRESENTAÇOM DA BANDEIRA DA REPÚBLICA / COLÓQUIO / ARENGAS
18:00 REPICHOCA LITERÁRIA
20:30 LEO i ARREMECÁGHONA!! / CÉ ORQUESTRA PANTASMA / XENDERAL

Viva a República Galega!



A.C. A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos
A.C. Lucerna
A.C. Foucelhas

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Num grandioso comício revolucionário, é proclamado o Estado Galego

Com efeito, tal como informa a rotativa de “El Pueblo Gallego”, às sete da tarde na Alameda de Compostela foi realizado um comício de proporçons monstruosas, no qual se proclamou o Estado Galego (largando amarras com Espanha) e no qual foi nomeado Presidente da Junta Revolucionária da República Galega António Alonso Rios.
Esta informaçom é real, nom se trata de um relato de ficçom. Estou a lê-la num documento de enorme valor, umha folha em formato pergaminho que a comissom da Festa da República Galega editou para as pessoas assistentes ao evento na cita do ano passado. Esta folha reproduz a capa do jornal compostelano, que narra com todo o detalhe o acontecido naquela tarde de 27 de junho de 1931 na Alameda, onde perante umha multidom afervoada se está a produzir um facto histórico que os consensos políticos posteriores silenciariam.
O contexto histórico em que isto tem lugar é umha Galiza que vive os dias posteriores à fugida da Espanha do rei Alfonso XIII para o exílio, umha Galiza ainda marcada no rural pola forte pressom do caciquismo e as luitas das sociedades agrárias. Há um detonante, dentro deste clima de fragor pré-revolucionário, que fai saltar a faísca para que este episódio de claro cariz independentista se desenvolva; o Estado espanhol paralisa as obras do caminho de ferro entre Ourense e Compostela, umha medida que evidentemente prejudica o País social e economicamente, mas que além disso tem umha conseqüência imediata verdadeiramente amarga: deixa sem emprego 12.000 operários. Isto provocaria umha forte reaçom social, política e institucional. Naqueles dias, “El Pueblo Gallego” fala de umha paralisaçom geral na cidade do Sar, na qual fechariam todos os comércios, obrigando o Ministério da Marinha a enviar um telegrama à Cámara Municipal com umha soluçom de continuidade para as obras cuja cópia se colaria em lugares estratégicos da urbe, ainda que as autoridades municipais nom acreditassem muito na consistência da soluçom oferecida, ao ponto de que há um contato telefónico constante com as autoridades homólogas na capital ourensana para consensualizar a atitude a manter. Segundo reporta “El Pueblo Gallego”, no povo compostelano tampouco há confiança nas promessas do governo espanhol e os operários que trabalham nas obras do caminho de ferro decidem retornar aos seus postos de trabalho, mas na assembleia onde se adota esta decisom também se chega ao acordo de que, se a administraçom central nom cumprisse com o que tinha prometido, a classe operária galega iniciaria umha greve geral revolucionária.
Comício de 27 de junho
Ora, voltando ao incendiário comício de 27 de junho, som para tomar nota algumhas das intervençons extratadas na crónica. Quiçá seja para muitas pessoas inverosímil ler que de algum participante no comício da Alameda saírom palavras como “Isto tem que acabar e vai acabar por cima de todo: Galiza demonstra com clareza que está em pé, em aberta revoluçom para conseguir a sua liberdade, a sua autonomia e a sua independência absoluta” ou “neste momento nom nos interessa a república federal espanhola, mas a República Galega. Vamos lá proclamá-la por cima de todos os caciquismos, de todos os governos civis e de todas as arbitrariedades de um poder central!”.
E se isto sai da boca de Carnero Valenzuela, que se fazemos caso de “El Pueblo Gallego”, foi intensamente aplaudido e ovacionado polo povo congregado lá, nom serám menos surpreendentes as palavras do comunista Eduardo Puente a reclamar umha Galiza “soviética, se figer falta” ou do próprio Alonso Rios a afirmar que a revoluçom se tinha que fazer na rua “e por todos os meios” porque “já se esgotou toda via de soluçom humilhante”, ou seja, claramente chamando à ruptura com a via institucional e à rebeliom nas ruas.
O “perigoso” de recordar isto todo, é que nesta crónica que hoje parece ficçom, mas que corresponde a um facto real, identificamos elementos que tenhem vigência plena na atualidade ou até analogia no futuro. É certo que a realmente proclamada República Galega nom tivo um percurso muito mais aló do eco manifestado noutros pontos do País e que tal República nom se chegou a consumar, mas que todos estes factos tivérom lugar ou que vultos da política galega de entom se manifestáram nos termos referidos e o figérom obtendo o aplauso das massas, desmente esse discurso que se refere ao galeguismo como umha corrente ideológica sempre comprometida com a unidade da Espanha e nunca rupturista, sobretodo conservadora e em qualquer caso anedótica. Também desmente o argumento de que a reivindicaçom dos nossos direitos nacionais seja um posicionamento burguês ou pequeno-burguês, que nada tenha a ver com as reivindicaçons da classe operária, umha máxima pola qual organizaçons de esquerda de obediência espanhola tenhem umha enorme querença.
Destacado papel da classe operária na proclamaçom da República Galega
A julgar polos acontecimentos relatados naquela capa de “El Pueblo Gallego”, parece que no espectro de forças e correntes que estavam dispostas a proclamar a independência da Galiza, estavam os comunistas e, polos vistos, a classe operária tivo um especial protagonismo naqueles dias. Os trabalhadores do caminho de ferro estavam dispostos a chamar a classe operária galega à greve geral revolucionária, e sem aguardarem permissom dos sindicatos espanhois. Haverá entom que entender que essa classe operária para alguns alheia sempre às reivindicaçons no plano nacional, aqui se reconhecia sujeito revolucionário em si próprio, legitimado para iniciar a revoluçom na Galiza.
Afirmava em linhas mais acima que recordar isto era “perigoso”. Fundamentalmente é perigoso, nom para os que somos independentistas convencid@s, que em todo o caso encontramos aqui provas documentadas de que o independentismo galego sim tem tradiçom que reivindicar e que nom surgimos do nada; que de facto em situaçons análogas o nacionalismo e a esquerda revolucionária já formulou a independência (e o socialismo, soviético por mais sinal) como resposta. É perigoso para o espanholismo de direita e de esquerda, porque desmonta o mito de que o povo galego nunca reivindicou realmente a independência e que isso de reivindicar a independência com postulados de esquerda é umha invençom fruto das enteléquias de alguns inteletuais e do mimetismo com outros movimentos de outras latitudes.
Analisando todo o material que nos oferece a impactante e emocionante crónica, vemos como a proclamaçom do Estado Galego de 27 de junho e o chamado claríssimo à revoluçom surge da consciência do papel marginal que já naqueles tempos o projeto nacional espanhol reservava à Galiza (e nom era umha questom de monarquias ou repúblicas) do descrédito das instituiçons representativas do Estado espanhol em solo galego, por ser o acobilho dos caciques, e da situaçom de opressom que sofriam a classe operária e o povo galego. Claramente fala-se de que é a ruptura com Espanha o objetivo a alcançar, e que a maneira de luitar por ela é na rua e nom nas instituiçons. Os parecidos com a situaçom atual nom fai falta que os explique eu.
Republicanismo espanhol
Há nestes momentos um crescimento da reivindicaçom republicana a nível espanhol. Tomou impulso em 2006, com o Ano da Memória promovido polo governo espanhol da época e toma umha força especial agora que a monarquia espanhola está em horas especialmente baixas, polo seu envolvimento em casos de corrupçom, acentuados polos entraves legais para processar e julgar os membros da Casa Real, o que fai transparecer a desigualdade jurídica entre eles e o resto dos cidadaos e cidadás do Estado espanhol.
A monarquia foi elemento coesionador no seu dia, graças à fabulaçom historiográfica fiada em torno da figura de Juan Carlos I, quem para aceder ao trono jurou os Principios Fundamentales del Movimiento, mas que depois juraria a Constituiçom e orquestraria um auto-golpe para aparecer como “herói da democracia” perante a opiniom pública daqueles anos. O problema é que perante as novas geraçons tanto ele como a instituiçom da monarquia som um anacronismo.
Isto fai com que o PCE, através do seu projeto de massas, que é Esquerda Unida, ressuscite o seu durante muitos anos aletargado republicanismo. Os mesmos que aceitárom a monarquia como forma de estado para serem legalizados, agora pretendem liderar a passagem para a república, com a esquerda extraparlamentar como aliada e somando também os nacionalismos de tradiçom mais pactista (sobretodo PNV e CiU) sem descartar que UPyD e PSOE se podam incorporar de maneira ativa a um movimento “revolucionário” que devolva os bourbons ao exílio. Querem fazer do derrocamento do regime bourbónico a “contradiçom principal”, deixando em stand by as reivindicaçons de tipo nacional, sobreentendendo-se que a consecuçom da III República espanhola criará per se um quadro mais favorável a que as naçons com aspiraçons de maior soberania consigam um status mais aceitável para elas, que obviamente nunca passaria pola independência. Reconheceria-se em todo o caso o direito à autodeterminaçom.
O que se pede às classes populares galegas, e em particular ao campo soberanista galego, é que fiemos as aspiraçons do povo galego a umha questom de fé de complicado sustento, tendo em conta que foi a partir das instituiçons da II República que se freou a ratificaçom do Estatuto de Autonomia da Galiza de 1936. Porque foi o entom Presidente da República, Santiago Casares Quiroga, quem bloqueou esse trámite até o mesmíssimo dia do Alzamiento Nacional. Foi o mesmo Casares Quiroga que ordenou bombardear a partir do governo militar da Corunha o povo, que reclamava armas para se defender dos fascistas. Se a II República espanhola traiu o povo galego, pode acontecer o mesmo com a III República, e máxime com UPyD e PSOE a liderarem com o PCE esse processo… a que tipo de acordo no plano nacional estariam dispostas estas forças? Umha república naturalmente é melhor do que umha monarquia em princípio, já que nunca numha monarquia oferece liberdade e igualdade reais a quem tem que viver sob o seu mandato, ainda que claro, por outra parte que um Estado se constitua em república nom garante que ofereça condiçons mais avançadas nem no nacional nem no social.
A África do Sul do Apartheid era umha república e, em nome dessa república, estava legalmente instituída a desigualdade racial; a França e a Itália som também repúblicas, mas som claramente centralistas no que se refere aos níveis administrativos, no plano lingüístico existe umha só língua que é considerada a da República e o resto som dialetos, e no social, ambos pertencem à dogmaticamente capitalista Uniom Europeia.
Porém, o PCE, ainda que tenha um discurso diferente do que os outros dous partidos sistémicos, foi partícipe do regime bourbónico desde que aceita a sua instituiçom máxima em troca de passar a ser legal. Tam partícipe foi que durante décadas proibiu nos seus atos partidários a exibiçom de bandeiras tricolores, essa que agora querem que ondeemos nós e a aceitemos em pé de igualdade com a nossa estreleira. Proibiu isso, e proibiu a memória dos que matárom e morrérom por essa bandeira. E agora querem-na impor a aqueles que nom temos na reivindicaçom da III República espanhola um ojetivo central nem essencial, porque nom consideramos Espanha a nossa naçom, ainda que evidentemente saudássemos que mais umha monarquia no mundo caísse. Querem que deixemos de parte as nossas reivindicaçons, que consideram veleidades e enteléquias pequeno-burguesas, mas proíbem que se reivindique ou se nomeie a guerrilha galega, que falemos de Henriqueta Outeiro, de Gomes Gaioso, de Manolo Velho, de Benigno Álvares, porque pretendem ter a exclusiva sobre a sua memória e o seu legado. Detalhes como a proclamaçom da República Soviética da Galiza também naqueles dias de junho de 31 em Ourense, a defesa da língua galega e os direitos nacionais por parte do Benigno Álvares, a luita heroica da Henriqueta e a sua defesa da auto-organizaçom dos comunistas galegos, isso todo, quebra a visom metropolocêntrica e uniformizadora que eles dam da resistência contra o fascismo.
A questom é que, em primeiro lugar, esse dogma de que todo progressista que morar no Estado espanhol deve ter a República espanhola como horizonte necessário para outros horizontes é como mínimo subscetível de ser posto em causa, toda vez que  o facto de que o Estado espanhol se constitua em república nom neutraliza os setores que historicamente se opugérom aos direitos nacionais da Galiza ou de outras naçons. De facto, a oligarquia espanhola no seu dia franquista, e até hoje monárquica, poderá voltar-se republicana e pactuar um mutis da monarquia com o próprio Juan Carlos se virem que é necessário. Porque essa oligarquia já tem experiência em pôr-se à frente das situaçons antes de que essas situaçons a superem, porque fôrom eles os que propiciarom o advenimento da II República, porque fôrom eles os que alimentárom o terrorismo fascista para combater o movimento operário e camponês e mesmo com o tempo convertêrom á organizaçom pistoleira Falange no seu projeto político, ou nom estava pragada a Falange de ex lerrouxistas e ex-cedistas?
E, em segundo lugar, há antecedentes de rebeliom real contra Espanha e com umha orientaçom de esquerdas com claro protagonismo do movimento operário. Os comunistas galegos de prática independentista nom estamos instalados em projetos produto de experiências de laboratório, vimos de algumha parte. O Sempre en Galiza de Castelao nom é a Bíblia inquebrantável e esse hispanismo impossível e eterna fonte de frustraçons nem é o teito ideológico máximo ao qual podemos aspirar, nem reflete de maneira total Castelao, pois a sua proximidade política e humana do grupo de A Fouce, nom é um acaso, de qualquer jeito.
Nom acreditamos numha esquerda oficial espanhola que pactuou a sua entrada no clube das organizaçons do regime em troca de trair a memória dos seus luitadores em defesa da República espanhola, mas sobretodo pola dignidade humana, e que durante o regime bourbónico vendeu no plano sindical em repetidas ocasions a classe operária galega.
Defenderemos sempre a necessidade, e nom a opçom, de que este povo construa umha pátria livre e independente, sem opressom de classe nem de género. E essa luita sim é nossa, inassumível para a burguesia galega que nos ódia e nos teme da maneira mais visceral. Por algum motivo será.
Ramiro Vidal Alvarinho fai parte da Direçom Nacional de NÓS-UP

Vídeo e crónica da II FEsta da República Galega

 Longe da maré futebolística, neste domingo a proclamaçom da República Galega de 1931 voltou ser evocada numha ilha de independência chamada a Pontraga, rodeada. Três dias antes, a mocidade de Ourense, que também celebrava a data, que se vai consolidando no calendário da Galiza que se move.
A jornada, organizada por associaçons da Laracha, Cerzeda e Ordes começou ao meio-dia, à beira do rio Lengüelhe "-filho das brêtemas", cantava-lhe Pondal-, romaria popular, jantar compartido, e música popular de mao do Quinteto Litoral. A vizinhança ouvia os estalidos das bombas de palenque, e perguntava-se que nova festa se celebrava neste Sam Pedro, homenageado já nas paróquias próximas de Montaos, Ardemil, Aiaço, Soandres... E ali, na entrada da velha estaçom da Pontraga (Ordes), a faixa de bem-vinda à República Galega, indicava que o lugar mudara: as caras de Rosalia e Reboiras nas portas dos sanitários, bandeiras do Reino mais antigo de Europa, e muita festa. Festa que nom parou apesar das constantes visitas de polícia local e guarda civil desde primeira hora da manhá, e o controlo que colocárom justo na entrada do recinto, identificando a toda pessoa que se achegasse ao mesmo.
E também houvo desporto, mas nom futebol, senom a nossa bilharda, onde David Fontán se alçou com o triunfo do II Aberto da República Galega. Entre tanto, os Quinquilláns, como umha companhia medieval de teatro, alegrava as crianças num marco de bilitroques, fieitos e árvores da ribeira. A continuaçom, o coletivo poético "A Porta Verde do Sétimo Andar", e outros poetas que se somárom, lançárom versos, como o "Good bye Spain" de David Otero, quem também se lembrou dos presos galegos.
O discurso, recuperou as palavras do Fuco Gomes em 1931: "Ergamol-a testa algunha vez, ollemos ao ourizonte, revistámo-nos de vaor cívico e aicedamos âs súpricas da nosa Galiza, da Galiza qui percisa da ajuda de tudol-os seus fillos nista hora suprema, pra ceibar-se da oprobiosa escravitude á qui a tên sometida o despótico Centralismo hespañol. Sumémo-nos â Revoldaina Arredista Galega aitual, ben enviando recursos pra sostêl-a, ja embarcándo-nos pra, unha vez na nosa Patria, empuñal-as armas e loitar valentemente até morrer ou venzer na contenda."
Mini e Mero oferecêrom um emotivo recital, entrelaçado com os contos do afiador Pepe Penabade. Contra a noitinha, Gendebeat acelerou o ritmo com um espetacular concerto de ragga e beatbox, para rematar a jornada passada a meia-noite com umha foliada espontânea, na que nom faltou a música tradicional, coplas pandereteiras contra Fraga e Feijóo e o nascimento do que quiçá seja um novo género musical, da fussom do beatbox com o folk.  (Galizalivre, 03/07/2013)

NOTA: Vídeo de Xosé Antón Bocixa, da II Festa da República Galega, celebrada no passado domingo 1 de julho na Pontraga (Ordes), e organizado pola Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos, Lucerna de Cerzeda e Foucelhas de Ordes.

Cartaz da Festa "81 Aniversário"


GENDEBEAT (‘ragga-beatbox’) na Festa

“Ghendebeat”, un rapas  de 25 anos que para nós é unha máquina de faser música, un monstro  do ragga-beatbox  . É impresionante ver os sons que saen da súa boca, ghorxa e a súa música. Ademais é unha persoa comprometida coa terra e a linghua, como conta el no seu bloghe  http://www.myspace.com/gendebeat Colaborou cos DiosKeTeCrew e nos ultimos traballos dos grupos cerzedenses Machina[post-Bravú] e Zënzar[ATribu] e os carballeses Kraxe. Acompaña ó Sistema de Son «Selectah in Helicopta» de VigoUp/Gz nas suas mais recentes festas polo pais. Imparto obradoiros de beatbox en colexios.

«A Porta Verde do Sétimo Andar» na Festa

A Porta Verde do Sétimo Andar
Naceu no maio de 2005 coa idea de ser un espazo creativo e aberto a todo tipo de expresión artística mesmo interactuada, un espazo poético de encontro e coincidencia, galego, comprometido coa cultura galega, que asume o galego como idioma de seu e a lusofonía coa naturalidade necesaria. A porta está sempre aberta, pasade sen chamar!
O recital poético estara a cargo de Celia Parra Díaz,Paco Gallego e Ramiro Vidal Alvarinho.

«Mini e Mero» na Festa

Mini e Mero  foron a alma de Fuxan os Ventos, son a alma de A Quenlla, revolucionaron o noso xeito de entender a música e a canción galegas, que mentras non se demostre o contrario son a alma deste vello pobo no que tivemos a honra de nacer, e do que somos honrosos recipiendarios – responsables- da transmisión hacia o futuro dunha civilización, dun xeito de vivir, dunha cultura.
Para Nós e unh honra que estén o día da Festa da República Galega.

O actor «Pepe Penabade» na Festa da República

Este grande actor antigo membro dos quinquillans, prepáranos unha sorpresa para a festa da república…..

Os Quinquillans na Festa da República

OS QUINQUILLÁNS  somos unha compañía especializada en TEATRO DE RÚA e tamén en TEATRO INFANTIL .
O noso teatro é moi participativo e dirixido a todos os públicos.
Gústannos os temas relacionados coa historia e coa literatura.
Levamos ao teatro temas especificamente galegos e tamén universais, por iso no noso historial fixemos adaptacións como  Gulliver ou  Moby Dic, pero tamén indagamos na emigración con A Diáspora, recreamos a Idade Media con Irmandiños ou tratamos a vida do Século XIX con Arrieiros.
OS QUINQUILLÁNS é unha compañía especializada no  teatro de rúa e nas montaxes infantís . Desde 1989 levan  producidos  máis  20 espectáculos  participando en festivais, feiras de teatro , cabalgatas , eventos históricos, teatros , prazas e rúas…….
Convidámoste a ver toda esta información en www.quinquillans.com

ABERTO DE BILLARDA


Documento inédito sobre a proclamaçom da República Galega em 1931

 
http://galizalivre.org/?q=noticia/17.01.2012/documento-dito-sobre-proclama-om-da-rep-blica-galega-em-1931

Apresentamos o fac-similado e a transcriçom íntegra de um documento até o de agora inédito, que conseguimos na Galiciana, a Biblioteca Digital da Galiza. Trata-se do comunicado do Comité Revolucionário Arredista Galego de Havana perante a notícia da proclamaçom da República Galega de 1931, assinada polo seu presidente G. Enxebre Justiz, que nom é outro que o Fuco G. Gomes. A nota encoraja os galegos de Havana a colaborarem com a «revoluçom arredista», enviando recursos ou pegando nas armas. Achega, ademais, novos dados sobre a repercussom internacional da insurreiçom, como o cesse das comunicaçons marítimas com Portugal. Assim, pouquinho a pouco, e à margem das instituiçons que sempre marginárom a nossa história, vamos recuperando trechos da nossa memória e orgulho coletivo. Eis a transcriçom na ortografia original no que foi redigido:

PROCRAMADA NA GALIZA UNHA REPUBRICA INDEPENDENTE!!

Os galegos en Cuba debemos sumar-nos â revoluzón arredista qui se iniziou na nosa Patria, d´onde acaban de chegar nodizas de qui as autoridás locaes de Santiago, foron destituídas e izada a bandeira galega.

No Diario de la Marina dista mañá, lêmol-o seguinte cabre:
«VILA REAL DO SANTO ANTONIO» Portugal, juño 28 (AP). As autoridades diste porto anunzian qui o tránsito fluvial coa Hespaña, pel-o Miño, foi suspendido, debido á unha folga. Os ferrocarrís portugueses recibiron permiso pra tocar en Ayamonte, sobre o Guadiana, e tomar pasaxeiros destinados á Portugal.

Parsoas ben informadas qui chegan de Santiago de Compostela, dín que na manifestazión do sábado, nisa cibdade, izou-se na Casa Consistorial a bandeira branco-azul da Galiza, procramándo-se a Repúbrica Galega. As autoridades locaes foron destituídas, e Alonso del Río nombrado xefe da Junta Revoluzonaria.

Río dixo, ao falar ao pobo, qui dinantes qui entregáren-se aos adversarios, ístos pasarían sober os seus cadavres».

Nante taes acontezimentos, quí pensan faguel-os galegos en Cuba? Pensará seguir dormidos sen dar mostras de diñidade cibdadán galega? Siguirán sentíndo-se hespañoes e pensando «pedir unha autonomía adiministrativa pra Galiza»?

__________

Irmaos galegos:
Ergamol-a testa algunha vez, ollemos ao ourizonte, revistámo-nos de vaor cívico e aicedamos âs súpricas da nosa Galiza, da Galiza qui percisa da ajuda de tudol-os seus fillos nista hora suprema, pra ceibar-se da oprobiosa escravitude á qui a tên sometida o despótico Centralismo hespañol. Sumémo-nos â Revoldaina Arredista Galega aitual, ben enviando recursos pra sostêl-a, ja embarcándo-nos pra, unha vez na nosa Patria, empuñal-as armas e loitar valentemente até morrer ou venzer na contenda.

Viv´a Revoluzón Arredista Galega!!
Viva Galiza Independente!!
Viv´a Confederazión de Repúbrica Ibéricas!!

G. Enxebre Justiz,
Persidente do
Comité Revoluzonario Arredista Galego.

Apartado 771.–Habana

29 Juño do 1931

Comunicado «Festa da República Galega» 2012

Ola!
O próximo domingo 1 de xullo, 2012, vai ter lugar na vella Estación de Tren de Ordes a FESTA DA REPÚBLICA GALEGA, un acto para conmemorar o 81 aniversario da proclamación desta data que atinxe xa a súa segunda edición. A festa comezará arredor das 12h e haberá sesión vermú, xantar (cada quen deberá traer a súa comida!), e moitas actividades e concertos pola tarde.
Ás persoas que organizamos o evento, de asociacións da Laracha, Cerceda e Ordes, gustaríanos convidarvos a compartir con nós este día. Pretendemos que o tecido asociativo de todo o país teña un espazo para expoñer os seus traballos ou vender o seu material. Podedes traer un pequeno posto para darvos a coñecer, ou se o preferides simplemente achegarvos e unirvos á festa!
Grazas de antemán e parabéns polo voso traballo.
Viva a República Galega!


A.C. A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos
A.C. Lucerna
A.C. Foucelhas

ARREDOR DO PARAÌSO

Despois de sete anos A revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos publica um novo livro. «Arredor do Paraíso» . O autor é Brais Zas um jovem nascido hai 25 anos polos suburbios de Peisaco- Lestom.Despois de rematar o instituto, adicou-se a andar po-las tabernas e “pinchar” Rock and Roll .
A capa é feita por Elatelier41, outro jovem artista da Laracha que se formou na Suíça. Na contra-capa leva ó escrito:
“Os benefícios deste livro irám destinados para a realizaçom do 79  aniversário da proclamaçom da Repubica Galega.27 de Junho de 1931 – 27 de junho de 2010″.
Os cartos que recadem coa venda irám destinados para a Festa da República  Galega, que se vai a celebrar na  velha estaçom de Gesteda em Cerzeda e que organizam colectivos da comarca de Ordes (A.C.Lucerna, A.C.Foucelhas, A.C. A Aldraba, A.C. A Revoltosa), de Bergantinhos (A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos) e de Compostela (a Comissom de Memória Histórica da Gentalha do Pichel)

CADERNO…» REPÚBLICA GALEGA»…

  A  A.C. FOUCELHAS de Ordes acaba de editar o caderno sobre a proclamaçom da REPÚBLICA GALEGA.  A publicaçom é, como bem diz na capa, uma aproximaçom, um achegamento a esse feito histórico da Galiza, desconhecido para a grande maioria dxs galegxs. Os beneficios da venda do caderno iram destinados a Festa da República Galega, que se vai realizar no domingo 27 de junho na velha estaçom de trem de Gesteda, no concelho de Cerzeda. A festa é organizada polas associaçons Foucelhas de Ordes, Lucerna de Cerzeda e A Revoltaina cultural da Beira de Bergantinhos da Laracha. Colboram o Sindicato Labrego Galego, Liga Nacional de Bilharda, Novas da Galiza ea Comissom Memória Histórica da Gentalha. Se  estás interessado na publicaçom podes merca-la no dia da festa

79 Aniversario da I República Galega

Cerceda reviviu a proclamación da I República Galega ó 27 de xuño do 2010
Varios colectivos da comarca de Ordes, Bergantiños e de Santiago organizarán unha festa conmemorativa do 79 aniversario da proclamación da I República Galega
Aló polo 27 de xuño de 1931, xusto un día antes das eleccións ás Cortes Constituintes da República Española, Campos Couceiro, Eduardo Ponte, Alonso Rios, etc., declararán que a solución para o problema galego non é a República Española senón a galega. No pleno municipal do día anterior, a proposta da creación inmediata dun Estado Galego á semellanza do que pasara en Cataluña fora posta sobre a mesa, e contaba co apoio dos obreiros compostelanos. Ao rematar o mitin o concello compostelano é asaltado, dimitindo inmediantamente todas as autoridades, e sendo Alonso Ríos, que exercía praticamente como o presidente provisorio da Galiza, presidente da Xunta Revolucionaria da República Galega. Finalmente, a falta de seguimento da proclamacón noutras comarcas, logrou o cese da Xunta Revolucionaria en poucas horas.
Mais esas poucas horas que durou a I República Galega deixaron unha semente no pobo galego que agroma 79 anos despois. Será a antiga estación de Queixas-Londoño, na parroquia cercedense de Xesteda, o lugar que lles servirá á Asociación Cultural Foucelhas, de Ordes, á Revoltaina Cultural da Beira de Bergantihnos da Laracha e á Asociación Cultural Lucerna de Cerceda de marco para a xornada festiva na que se rememorarán os actos do 27 de xuño de 1931, o día no que por vez primeira na historia Galiza se autodeterminaría como unha República independente.
O 27 de xuño será un día cargado de simbolismo, no que as Asociacións organizadoras da Festa da República Galega tentarán transmitirlle a toda a xente que alí se achegue o sentimento de pertenza a un territorio perfectamente diferenciado e cunha historia de seu que foi escrita fundamentalmente polo movemento obreiro e campesiño. Mais non será unicamente unha xornada reivindicativa, tamén haberá festa, e xa desde ben cedo. Ás 12 un pasaruas con gaiteiros encargarase de darlle a benvida aos que se acheguen á festa. De seguido terá lugar un acto no que se explicará a conmemoración e os feitos daquel revolucionario ano de 1931. E coma en toda festa que se prece, tamén haberá sesión vermouth. Tras os primeiros bailes, a xente do Sindicato Labrego Galego organizará o xantar con produtos da zona e incluirá 1º e 2º prato, sobremesa e auga por só 12 euros.
As actividades retomaranse despois do xantar, arredor das 16h, co aberto de estornela organizado pola Liga Nacional de Billarda. Ás 17h proxectarase Carrilanos, de Rafael Cid, un documental sobre os traballadores do camiño de ferro, os mesmos que se ergueron a prol da independencia de Galiza na revolución de 1932. Ademais, estrearase o documental de Lois Pérez Leira no que se fai unha análise dos acontecementos de xuño do 31 arredor da proclamación da República Galega.
E pola noitiña, a iso das 19:30 volverá de novo a música coas pandereteiras Bouba, da Pontraga, con Mini e Mero, do grupo A Quenlla, o Leo i Arremecághona e Pablo Constenla.
Pero os de Cerceda non estarán sós, pois grazas á iniciativa da A.C. Lucerna, a A.C. Foucelhas e a Revoltaina da Beira de Bergantinhos en Buenos Aires tamén se conmemorará o 79 aniversario da proclamación da República Galega.
A máis das asociacións organizadoras tamén hai unha presa de entidades colaboradoras (Aldraba de Trazo, A Revoltosa de Montaos e a Comissom de Memória Histórica da Gentalha do Pichel de Compostela) que de seguro farán que a xornada do 27 de xuño quede marcada no almanaque para vindeiros anos.

I FESTA DA REPÚBLICA GALEGA

Vários colectivos da comarca de Ordes (A.C.Lucerna, A.C.Foucelhas), de Bergantinhos (A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos)   organizarom o 27 de Junho do 2010 umha festa comemorativa do 79 Aniversário da proclamaçom da República Galega, efectuada em Compostela durante a greve dos trabalhadores do caminho-de-ferro no 27 de Junho de 1931, justo antes das eleiçons às Cortes Constituíntes da República Espanhola. Polo simbolismo do sítio, a festa fará-se na estaçom velha de Gesteda (Cerzeda), abandonada ao passo do AVE, e situada à beira do Lenguelhe. Ainda que o programa está aberto a novas incorporaçons e/ou modificaçons, em princípio será o seguinte:
FESTA DA REPÚBLICA GALEGA
27 de Junho de 1931 – 27 de Junho de 2010
79 Aniversário da proclamaçom da República Galega
-12h00: passa-ruas com gaiteiras/os.
-12h30: acto explicando a comemoraçom, e os factos de aquele revolucionário ano de 1931. Haverá também umha expossiçom.
-13h00: sessom vermouth.
-14h00: jantar popular, a cárrego do Sindicato Labrego Galego, com produtos da zona.
-16h00: aberto de bilharda.
-17h00: enquanto continua a bilharda actuará o clown Fredi para as crianças.
-À tarde haverá também projecçons de documentários relacionados com os factos, e mesmo poda que haja um estreio dum documentário realizado para a ocasiom! Os colectivos que o desejem também poderám instalar um posto com o seu material.
-À noitinha começarám as actuaçons musicais. Tocará Leo i Arremecághona e Mini e Mero, mas é possível que haja mais actuaçons.
Para o dia teram publicado um pequeno livro com a investigaçom histórica que estam a realizar; os benefícios da sua venda irám destinados à celebraçom da própria festa. Além disso, A Revoltaina Cultural de Bergantinhos publicou um livro de relatos de Brais Zas Arredor do Paraíso, cujos benefícios irám também destinados integramente à celebraçom da Festa da República Galega.
A sua intençom é «pôr a data no calendário», e que a celebraçom tenha continuidade.